Apresentação do plano estratégico de Turismo do concelho de Lagos

https://www.cm-lagos.pt/…/8626-lagos-apresenta-plano…

A apresentação do plano estratégico de Turismo do concelho de Lagos começou da melhor forma, afirmando que Lagos tem responsabilidade na proteção da Natureza e que o Turismo de Natureza seria uma tendência em crescimento e portanto, uma área a apostar.

Falou-se em sustentabilidade e economia circular, temas cada vez mais importantes tendo em conta a problemática das alterações climáticas e poluição que enfrentamos nos dias de hoje, pena foi que não tenha sido apresentado nada de concreto relativamente a estas palavras, mais não pareceu do que uma forma de embelezar os slides com temas que se querem ouvir.

Foi dito que Lagos é um município de beleza única, mas a verdade é que não houve nesta apresentação nada que defendesse esta incrível orla costeira, que tantos atrai. E a verdade é que cada vez é mais notória a pressão construtiva sobre as paisagens que faz os turistas quererem conhecer Lagos.

Foi tocado o tema do terreno privado que faz a ligação entre a praia do Camilo e D.Ana, terreno esse que, se fossemos apelar à responsabilidade da Câmara sobre o Património Natural, seria imprescindível mantê-lo livre para utilização pública, e longe de construções, de forma a preservar um dos locais mais icónicos de Lagos.

Isto porque, no seguimento desta temática, parece-nos que o município acredita ser uma mais valia a arquitetura moderna, propondo até um percurso para a sua apreciação, parecendo desvalorizar os espaços verdes, cada vez mais escassos.

Sem dúvida, um projeto que parece ser interessante, será a utilização de águas residuais ou dessalinização para a rega de campos de Golf, esperamos que seja um projeto que saia do papel uma vez que poderá tornar o turismo de Golf mais sustentável numa área em que a escassez de água é tema recorrente.

Houve ainda um reforço positivo ao trabalho da câmara relativamente à gestão de resíduos sólidos e reciclagem, sendo que só quem não vive em Lagos pode ser desta opinião, já que na época alta – de junho a setembro – é impossível encontrar um ecoponto que não tenha lixo a transbordar e a ser arrastado com a nortada.

Para terminar, falou-se em investir, falou-se em criar infra-estruturas, falou-se em criar serviços, mas falta o básico de uma cidade que serve os residentes e os turistas: a criação de zonas verdes comuns, zonas em que a construção seja deixada de lado para deixar destacado o que torna o barlavento algarvio tão especial, a Natureza.

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